À medida que a Prefeitura de Campina Grande se prepara para apresentar o novo Plano Diretor à Câmara Municipal, um dos pontos que tem gerado expectativa e discussão é a possível realocação do aeroporto da cidade para a Zona Oeste. Em meio a esse cenário de leitura e de revisão urbana, o secretário municipal de planejamento, Félix Araújo, esclareceu aspectos importantes sobre essa proposta, destacando que, apesar das condições favoráveis e da tendência de expansão para essa área, uma mudança imediata do aeroporto é improvável no momento.
Ele explicou que tudo passa por um estudo de uma forma geral de área da cidade nesse contexto há um processo de ampliação e melhoria da infraestrutura do aeroporto e confirmou que Campina tem uma tendência de crescimento em relação à referida região, inclusive porque um dos maiores custos com a expansão urbana é a coleta de lixo, que hoje está localizada naquela área, o que não seria um grande problema, evidentemente diante de outros, como transporte, escola, creche e muitos outros equipamentos.
“Por isso nessa fase estamos ouvindo a população, entidades e Órgãos por meio de oficinas técnicas, bem como pela plataforma online através do site http://planodiretor.campinagrande.pb.gov.br e do aplicativo “Plano Diretor”, já disponível na Playstore dos smartphones com sistema Android (https://play.google.com/store/apps/details?id=com.sttp.planodiretor) e em breve, também para IOS”, acrescentou.
Licença trintenária x mudança
Segundo o titular da Pasta, a concessão pelo período de 30 anos obtida em 2019 mediante leilão do governo federal pela multinacional espanhola AENA não inviabiliza, necessariamente, a mudança, até porque, enfatizou, tudo passará, evidentemente, por um estudo de uma forma geral da área de CG com uma abordagem cuidadosa em relação ao planejamento urbano da cidade.
Quanto ao futuro, reconhece a necessidade de planejamento a longo prazo, mas adota uma postura cautelosa em relação a prazos específicos, mas arriscou dizer que seria algo para os próximos 10 anos, levando em consideração todos os fatores envolvidos no processo de planejamento. “A discussão mais recente com a AENA Brasil foi sobre a melhoria da atual estrutura,” concluiu.
Pista de pouso maior, mais voos
Para o entusiasta da aviação, corretor de imóveis e gerente dos empreendimentos horizontais da Andrade Marinho LMF, Arthur Queiroz, apesar de bem situado, no entroncamento, na saída para a região do Sertão, João Pessoa e consequentemente, para Natal (RN) e Recife (PE), o aeroporto requer o alongamento da pista para aumentar a capacidade de voos.
“O Plano Diretor indica a expansão para a ZO, para as futuras instalações dessa base, mas não seria paradoxal levá-lo para onde haverá mais construções, mais residências e tantas outras situações decorrentes da execução?”, contextualiza, ressaltando, por outro lado, circunstâncias bastante favoráveis do setor, a exemplo da nova rodovia estadual que vai para Boa Vista, para o Cariri e para Catolé de Boa Vista.
58% em ranking nacional
Dados do Portal Avião Brasil, relativos ao período compreendido entre janeiro a agosto de 2023 apontam que o aeroporto de CG figura na 58ª posição no ranking de passageiros embarcados e desembarcados no Brasil por companhias aéreas nacionais e internacionais.
Longa história
Gerido pela Infraero desde 1980, o aeroporto passou por melhorias/reformas remontam à década de 90, 2003 (quando reinaugurado, foi pioneira no país a dispor de um modelo de sinalização de padrão universal) 2011 e 2019 (idem), nesta última vez, já sob a administração da empresa espanhola, que mudou a denominação “João Suassuna” (ex-presidente de Estado, ex-governador e ex-deputado federal) para só “Campina Grande”.