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Evitar produtos com açúcar adicionado é bom para a saúde do coração, diz cardiologista

Evitar produtos com açúcar adicionado é bom para a saúde do coração, diz cardiologista

Diversos estudos apontam que açúcar adicionado a alimentos favorece doenças cardiovasculares. Isso significa que todo açúcar adicionado a algum produto faz mal ao coração? Ou pode haver um consumo mínimo sem risco de danos? Para compreender melhor o tema, procuramos o cardiologista e pesquisador Valério Vasconcelos.

“Açúcares adicionados são frequentemente encontrados em alimentos processados que têm pouco valor nutricional e podem levar o indivíduo a comer demais e a ingerir calorias em excesso, o que, por sua vez, ocasiona sobrepeso ou obesidade, que é um fator de risco para doenças cardiovasculares”, explica o especialista. Ele ressalta que a adição de açúcar pode promover inflamação no corpo. “Isso pode causar estresse no coração e nos vasos sanguíneos, o que tende ao aumento da pressão arterial”, afirma Valério Vasconcelos.

Os açúcares adicionados também são conhecidos como “açúcares livres”. Citando um conceito criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o cardiologista Valério Vasconcelos explica que “os açúcares livres são todos os monossacarídeos e dissacarídeos adicionados aos alimentos pelo fabricante, pelo cozinheiro ou pelo consumidor, além dos açúcares naturalmente presentes no mel, nos xaropes, nos sucos de frutas e nos concentrados de sucos de frutas”. Mas os açúcares que ocorrem naturalmente em laticínios ou frutas e vegetais estruturalmente inteiros não estão incluídos no conceito de açúcares livres.

Valério Vasconcelos lembra que a ingestão elevada de açúcares livres é preocupante por estar associada à má qualidade da alimentação, à obesidade e ao risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. “Dentre os problemas cardiovasculares relacionados aos açúcares adicionados, estão pressão alta, aumento de triglicerídeos, infarto, derrame cerebral e outras doenças cardiovasculares”, diz o especialista.

Se o consumo de açúcares livres faz tanto mal, será que existe um consumo mínimo dessas substâncias que pode ser considerado como saudável? Para o cardiologista Valério Vasconcelos, ser comedido é a melhor atitude a se tomar, especialmente porque a OMS recomenda uma baixa ingestão de açúcares livres ao longo de toda a vida. “Tanto em adultos como em crianças, a Organização Mundial da Saúde recomenda reduzir a ingestão de açúcares livres a menos de 10% da ingestão calórica total”, alerta.

Além disso, destaca Valério Vasconcelos, a Associação Americana do Coração recomenda que os açúcares adicionados representem menos de 6% das calorias por dia. “Isso equivale a cerca de seis colheres de chá de açúcar por dia para mulheres e nove colheres de chá por dia para homens”, esclarece.

SAIBA MAIS – No Brasil, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2017-2018), 85,4% da população adiciona açúcar a alimentos e bebidas. Além de comprometer a saúde cardiovascular, o consumo excessivo de açúcar está relacionado ao ganho de peso, à obesidade, ao diabetes tipo 2 e à cárie dentária.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Angélica Lúcio – Jornalista | 02/03/2023

Contato: 83 98881-8992

angelicallucio@gmail.com

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