Falta exatamente um mês para a 18ª edição da Feira de Turismo Rural do Brasil (RURALTUR) que, este ano, acontece em Bananeiras de 8 a 10 de setembro. Este será o retorno presencial da feira e para a gestora de Turismo e Economia Criativa do Sebrae Paraíba, Regina Amorim, o público está ávido por participar do evento que ganha ares internacionais. “Muitos que vêm estão com expectativa alta porque a Paraíba é uma referência no turismo rural”, conta.
Para a gestora, a RURALTUR — evento que compreende o cenário nacional — ser realizado no interior é mostrar a ruralidade, singularidade, cultura e todos os atrativos da região do brejo paraibano. “A região de Bananeiras é muito forte em turismo rural, de aventura e gastronômico. Então levar a feira para lá é assegurar boa hospedagem, boa comida regional e gastronomia contemporânea”, explica.
Edição 2022 — As experiências anteriores, principalmente das edições digitais 2020 — organizada pelo Sebrae-PB — e 2021, pelo Sebrae-MA, trouxeram mais visibilidade e projeção para a Ruraltur. Regina explica que, pela primeira vez, o evento contou com 21 estados do Brasil nas lojas virtuais. “Na edição 2022 tem muita gente procurando se inscrever, tínhamos um planejamento para 80 estandes e estamos com 104, todos vendidos”, comemora. Nesta edição, todas as regiões da Paraíba e todos os estados do Nordeste vão participar, bem como pela primeira vez, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás vão expor. “Será uma troca de experiências e fortalecimento da governança do turismo rural do Brasil. Estimamos 6 mil visitantes no modelo presencial e atingir até 10 mil na parte digital, devido ao Seminário de Turismo Rural e do Encontro das Instâncias de Governança de Turismo do Brasil que acontecem de forma híbrida”, completa.
Regina conta que a prioridade da feira é o produto turístico já pronto, as rotas, roteiros, restaurantes e hospedagens rurais. As rodadas de negócios são o local onde essas vendas são feitas. “Elas acontecerão todos os dias, das 16h às 21h. São três dias nos quais vamos colocar agências de turismo interessadas em ampliar seu portfólio de negócios e uma vasta oferta de produtos turísticos que serão apresentados”, conta.
Para além dos negócios, Regina destaca que a intenção é fazer com que os visitantes e expositores vivam a experiência de manhã, tarde e noite. “Pela manhã serão feitas visitas técnicas, nas quais o participante poderá fazer benchmarking, se auto avaliar e tirar dali alguma inspiração. À tarde e noite as rodadas de negócios acontecem em paralelo ao Seminário de Turismo Rural (8 e 9/8) apresentações culturais e o Encontro das Instâncias de Governança do Turismo do Brasil”, destaca.
Roteiros — Os participantes da RURALTUR poderão encontrar uma diversidade de roteiros não só da Paraíba, mas de vários estados do Brasil. Também poderão conferir a produção associada ao turismo que agrega valor ao turismo e toda a produção artesanal de comidas e bebidas. Regina cita a cachaça como um desses produtos da Paraíba. “Também temos queijos e vinhos da Rota dos Pireneus em Goiás e vários produtos que estarão em exposição, degustação e venda na feira”, destaca.
Entre os roteiros dentro da própria Bananeiras está uma visita à Fazenda Angicos, construção do ano de 1860 que conta com um eco parque de aventura e almoço rural, duas visitas técnicas em Areia, uma em Chã de Jardim e outra no Engenho Triunfo, Casa do Doce e Vó Maria. Em Serraria também terá visita ao Engenho Baixa Verde e em Pilões. “Cada dia alguém vai fazer uma opção para ir a um local, pois é preciso voltar às 14h para estar a postos às 16h, para as rodadas de negócios”, completa.
Evento nacional — A RURALTUR já alcançou um patamar nacional e este ano começa uma caminhada para uma edição fora do Brasil. “A Ruraltur começou em 2005 na Paraiba e em 2015 passou a ser itinerante do Sistema Sebrae. O Sebrae Paraíba sediou a RURALTUR por dez anos. Depois já foi coordenada pelo Sebrae Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Espírito Santo e agora volta para a Paraíba. Ao que tudo indica, em 2023 será realizado em Franca-SP e há uma candidatura em 2024 para Cuzco, no Peru. Milagros Uchoa, do escritório Promperu, vai estar presente na feira para pensar melhor nessa proposta. O Rio de Janeiro também colocou a candidatura. Vejo que esse momento é muito especial e a 18ª edição do Ruraltur é a consolidação desse evento”, comemora.
De acordo com Regina, o perfil do consumidor mudou e os negócios precisam estar antenados, ouvir os clientes e satisfazer necessidades. “Hoje não se compra mais produtos e serviços, mas experiências e o Sebrae, de forma proativa, contribui com esses negócios do turismo rural e cultural para que eles possam visualizar o quanto a criatividade, tecnologia, conhecimento e cultura agrega valor aos produtos e serviços”, conta.
Para a gestora, o mais importante da feira é a troca de conhecimentos e parcerias no sentido de eliminar fronteiras. “É provável que paraibanos comecem a visitar Goiás, por exemplo, e vice-versa. A diversidade cultural do Brasil é muito grande de uma região para a outra e a cada RURALTUR, esse pertencimento de ser brasileiro e conhecer mais efetivamente o Brasil e as regiões, fica esse gostinho em todos os expositores e visitantes”, finaliza.