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Fórum CNT de Debates projeta impactos da reforma tributária no transporte do Rio Grande do Norte

Fórum CNT de Debates projeta impactos da reforma tributária no transporte do Rio Grande do Norte

Quais são os principais problemas e desafios enfrentados pelo empresário do Rio Grande do Norte e da Paraíba? É com essa dúvida norteadora que a CNT (Confederação Nacional do Transporte) organizou o Fórum CNT de Debates – Edição Regional, na unidade do SEST SENAT de Natal (RN).

O evento foi realizado anteontem, em parceria com a Fetronor (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste) e o CRNE II (Conselho Regional Nordeste II) do SEST SENAT. O foco era reunir empresários do setor, especialistas e autoridades para debater assuntos de grande impacto no transporte regional.

Três temas foram escolhidos para serem debatidos com os transportadores da região:

Painel 1 – Reforma Tributária e a Atividade Transportadora;

Painel 2 – Infraestrutura e Multimodalidade: Desafios e Oportunidades para os Estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba; e

Painel 3 – Apresentação do Estudo de Viabilidade Técnica do Porto de Potengi (RN).

O Fórum CNT de Debates – Edição Regional teve início com as boas-vindas dos integrantes do Sistema Transporte e autoridades convidadas aos empresários abrangidos pelo CRNE II. A mesa de abertura foi composta pelo presidente do Sistema Transporte, Vander Costa; pelo presidente do CRNE II e da Fetronor, Eudo Laranjeiras; e pelo secretário de Infraestrutura do estado, Gustavo Coelho.

Vander Costa dedicou sua fala a elencar algumas conquistas recentes do Sistema para o transporte, como a ampliação do orçamento de investimento em infraestrutura de transporte e os avanços na reforma tributária.

Outro tópico apresentado foi a aprovação do projeto de lei que trata sobre o tanque superior a 200 litros. Mesmo com a aprovação nas duas casas legislativas, o governo federal vetou a proposta sem uma justificativa técnica plausível.

“A alegação foi de que o tema deveria ser regulamentado por NR [Norma Regulamentadora]. Mas a NR 16, já em vigor, estabelece que o tanque de combustível de fábrica ou aprovado pelo INMETRO não apresenta periculosidade. A partir de agora, o que teremos que fazer é trabalhar para a derrubada do veto”, analisou o presidente do Sistema Transporte.

Já Eudo Laranjeiras recepcionou os participantes e realizou uma homenagem para celebrar a reinauguração do auditório do SEST SENAT de Natal. O espaço foi nomeado Vicente Alves Flor, fundador da Viação Riograndense, empresário já falecido considerado um dos principais nomes do transporte de passageiros do estado.

Atuação do Sistema Transporte

Na sequência, o diretor de Relações Institucionais da CNT, Valter Luís de Souza, falou sobre as atividades das entidades do Sistema Transporte na defesa do setor. O diretor ressaltou o trabalho desenvolvido pela CNT, pelo ITL (Instituto de Transporte e Logística) e pelo SEST SENAT em favor dos empregados e donos de empresas transportadoras.

“Eu estou em Brasília há 4 anos e, antes de ir para lá, eu sempre reclamava, porque as decisões eram tomadas sem a participação dos empresários. Hoje, com a atuação do Sistema Transporte, a gente consegue ter voz, a nossa presença é necessária”, ressaltou.

O diretor convidou os presentes a se articularem com os políticos locais, como forma de construir uma base em seus respectivos estados. Além disso, Valter Souza pediu aos empresários que conheçam a Agenda Institucional Transporte e Logística 2023, um compilado de projetos em tramitação no Congresso e no Executivo com impacto direto nos transportes brasileiros e acompanhamento direto da CNT.

Reforma Tributária e a Atividade Transportadora

O primeiro painel teve como tema central a reforma tributária e seus impactos na atividade transportadora. A palestra foi conduzida pela advogada tributarista Alessandra Brandão, consultora da CNT responsável por acompanhar o assunto no Congresso Nacional.

A especialista detalhou todos os avanços obtidos pelo setor transportador desde o início dos debates, passando pela aprovação na Câmara dos Deputados e pelas modificações contidas no relatório apresentado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM). É ele o responsável por possíveis ajustes a serem realizados na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019 durante a passagem pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal.

Alessandra Brandão lembrou que o setor de transporte coletivo de passageiros já havia sido incluído na reforma, ainda durante a transição na Câmara, mas o transporte aéreo tinha ficado de fora. “Com a inclusão do setor aéreo, tivemos todos os modais de transporte de passageiros contemplados. Embora o transporte de cargas tenha ficado de fora, entendemos que já houve um avanço positivo”, ressaltou a advogada.

A PEC da reforma tributária pode ser votada ainda nesta semana no Senado Federal — primeiramente na CCJ e depois no Plenário. Se for aprovada nos termos atuais, segue para nova análise da Câmara dos Deputados.

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