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Santa Luzia não valoriza a própria cultura, silencia e ignora a cultura negra

Santa Luzia não valoriza a própria cultura, silencia e ignora a cultura negra

Não existe em Santa Luzia nenhuma menção ao filme Aruanda, marco do Cinema Novo, peça elogiada por Glauber Rocha.

Não existe em Santa Luzia valorização da cultura negra, cultura ignorada e silenciada.

Não existe a rua Mané de Bia, menos ainda a praça Rita Preta, nem o programa Céu, de combate a violência doméstica.

Mas sim, existe o filme Rita, Preta da Paraíba, Céu, o filme, sobre a líder quilombola vítima de violência doméstica, e Mané de Bia foi mestre das artes reconhecido pelo Estado da Paraíba.

Há um silenciamento sobre a cultura negra de Santa Luzia, ignorada, desprezada e desvalorizada. Só a cidade não se apoderou de tão rica identidade.

Toda a cultura de Santa Luzia é negra, a Festa do Rosário, o forró do Talhado e sua escola de sanfoneiros, cantores e músicos naturais, as peças de arte e barro das louceiras do Talhado, deveria ser a maior riqueza da cidade, a sua maior identidade, a sua vitrine.

Há muito digo, Santa Luzia já deveria ter a festa da cultura negra, um evento nacional, para celebrar o seu povo, valorizar, prestigiar, mas não.

Os filmes, Aruanda, Rita, Preta da Paraíba, Céu, o filme, e outros que já foram realizados e produzidos na cidade, só mostra e prova, a nossa arte é negra, os nossos personagens são negros, a nossa cultura é negra, a nossa riqueza é negra, é preciso e necessário ter um olhar para a nossa identidade, reconhecer mais, valorizar mais, prestigiar mais.

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