Skip to content Skip to footer

Vinho além da taça: Curso diferenciado explora regiões produtoras, sabores e harmonização

Vinho além da taça: Curso diferenciado explora regiões produtoras, sabores e harmonização

Há quem diga que é poesia engarrafada, perfume da alma e até obra de arte líquida, que se pode beber. Os artistas agora citados* souberam descrever bem a experiência de degustar uma taça de vinho. Essa experiência ganha cada vez mais adesões ano a ano no Brasil que viu a população de consumidores regulares da bebida dobrar nos últimos 12 anos, de 22 milhões para 44 milhões de pessoas, segundo dados da Wine Intelligence.

Mesmo que o consumo per capita ainda seja baixo no país, cerca de dois litros, o crescimento dos apreciadores, – aqueles que querem ir um pouco mais além no universo da enologia – despertou no chef e enólogo Paulo Nunes, do Lucci Restô, a ideia de formatar um curso, um tanto diferente, como ele mesmo diz.

Segundo Paulo, “a intenção foi criar quase uma espécie de consultoria, na qual os participantes vão entender sobre o cenário da região produtora escolhida para tema de cada curso e, claro, alguns de seus vinhos, harmonizados com pratos da culinária franco-italiana.

Entender, escolher e beber; assim o enólogo resume seus cursos e, para exemplificar, conta mais detalhes da última aula sobre “Regiões Vinícolas de Portugal”. Neste encontro específico, conta Paulo, foram 4 rótulos de regiões distintas do país: “antes, porém, mostro o cenário da produção, como são vistos globalmente os vinhos portugueses, como têm evoluído, explico a peculiar classificação enológica lusitana pelo teor alcoólico e as principais uvas. Ainda na primeira parte da tríade “entender, escolher e beber”, falo das regiões produtoras e como se dividem em Portugal.”

A partir daí, a aula foca na escolha. Paulo Ricardo, conta que sempre ouviu as pessoas revelando que não sabem comprar vinho, não sabem escolher, ou não há um consultor para ajudar ou a internet não é confiável. Ele defende que bons vinhos nem sempre são caros e para se valer dessa informação, o apreciador de vinho precisa conhecer minimamente a região produtora. Muitas vezes e guardadas as devidas proporções, explica Paulo Ricardo, vinícolas vizinhas ou muito próximas, produzem vinhos com o mesmo terroir, porém, uma produz grandes vinhos, de marca cara e famosa, a outra produz ótimos vinhos, com uma excelente relação custo-benefício.

O chef mostra isso na prática, na parte mais alegre, digamos, do curso, a degustação harmonizada com pratos especialmente preparados. Na última aula, conta Paulo, servimos de entrada um polvo provençal com bobó para harmonizar com o rosé Mateus, um vinho na Região de Vinho Verde, despretensioso, produzido a partir de um corte das uvas das variedades Baga, Rufete, Tinta Barroca e Touriga Franca, com um custo médio de R$45, e que formou um par perfeito com o prato. Depois, continuou, apresentei dois tintos, um da Região do Douro e outro da Região das Beiras, da famosa uva Baga, exclusividade lusitana, cuja garrafa tem um custo médio alto e pode chegar a custar R$3.500. Durante a aula, continua o chef, degustamos um rótulo de pouco mais de R$200. E aqui vale um destaque, pontua: “por serem vinhos com pouquíssimo aroma e teor alcoólico mais alto, nem sempre agrada a todos os paladares, o que significa que o curso também permite ao aluno identificar quais vinhos agradam mais ao seu paladar, além de orientar a escolha tendo em vista a região produtora.

Apaixonado por esse universo, Paulo Ricardo ainda enumera outras experiências possíveis relacionadas à enologia a partir do tipo de conhecimento que compartilha: “em nossos cursos, os alunos saem querendo aprender mais, observar detalhes antes despercebidos, os ajuda a harmonizar melhor vinho e pratos, a iniciar a formação de uma adega própria, comprando vinhos com boa relação custo-benefício ou de uma boa vinícola ou com alguma diferencial, ou seja, voltamos ao entender, escolher e, claro, beber… degustar.

Ele finaliza convidando para o próximo curso que será focado em Bordeaux, região no Sudoeste da França cujo o clima temperado marítimo favorece o cultivo das uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc, e produz vinhos de alta qualidade, elegantes e caracterizados por taninos refinados e complexidade aromática. Os interessados podem entrar em contato pelo direct do Instagran do Lucci Restô ou pelo telefone 83 98790 7560.

*Vinho é a poesia engarrafada – Robert Louis Stevenson, escritor
*O vinho é o perfume da alma – Paul Gauguin, pintor
*O vinho é a única obra de arte que se pode beber – Luis Fernando Veríssimo, escritor

Show CommentsClose Comments

Leave a comment

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.