A indignação tem tomado espaço nas conversas entre corretores de imóveis de Santa Cruz do Sul. Profissionais relatam que começaram a receber cobranças do Sindimóveis sem jamais terem autorizado filiação. O episódio vem gerando desconforto na categoria, que considera a prática uma cobrança indevida e tem buscado apoio institucional para esclarecer o que classificam como violação de direitos.
Os corretores alegam que não assinaram qualquer documento que pudesse justificar a cobrança. Afirmam não ter recebido benefícios associados a eventual contribuição e reforçam que seu único órgão representativo e fiscalizador é o Conselho Regional de Corretores de Imóveis. A situação se agrava com denúncias de que manifestações de oposição enviadas ao sindicato estariam sendo ignoradas, mesmo após decisões do Supremo Tribunal Federal assegurarem esse direito.
Enquanto o Sindimóveis sustenta que se trata de cobrança assistencial regular, a entidade não respondeu às queixas específicas levantadas pelos profissionais. A ausência de explicações fortalece o movimento de contestação entre corretores que exigem transparência e respeito à livre associação.
Medidas extrajudiciais e judiciais
Diante dos prejuízos apontados, cresce a orientação para que os profissionais tomem medidas concretas: registro de denúncia no Procon, solicitação de apoio do Crecie protestos formais em cartório contra cobranças não autorizadas. Especialistas ouvidos por corretores também destacam a possibilidade de ingresso na Justiça para anular débitos, recuperar valores pagos e assegurar que novas cobranças não sejam efetuadas sem consentimento.
Esse caminho jurídico tem sido tratado como uma estratégia necessária para que corretores de imóveis mantenham sua autonomia profissional e evitem comprometer sua saúde financeira com pagamentos que entendem como irregulares.