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Falsa biomédica é denunciada por deformar mulheres e HA no bumbum custava R$ 1 mil

Falsa biomédica é denunciada por deformar mulheres e HA no bumbum custava R$ 1 mil

Pelo menos 30 mulheres em São José, na região metropolitana de Florianópolis, alegam ter sofrido deformações severas em seus corpos após se submeterem a procedimentos estéticos com uma suposta biomédica. A investigada, identificada como Suelem Damasceno da Silva, apresentava-se nas redes sociais como especialista em estética, oferecendo uma gama de serviços que incluíam preenchimento labial, nasal, de mandíbula e glúteos. As denúncias acendem um alerta sobre a importância de verificar as credenciais de profissionais da área.

Uma das vítimas, a técnica de enfermagem Giezica Muller, relatou ter conhecido Suelem através do Instagram, atraída pelas fotos de supostos trabalhos publicados. Em março, Giezica realizou um procedimento de aplicação de ácido hialurônico nas nádegas, pagando R$ 1.000. Apesar da confiança transmitida pela suposta biomédica e do preço convidativo, a intervenção resultou em uma infecção bacteriana que a levou à internação. “Ela acabou com a minha alegria, ela conseguiu me deixar com depressão”, desabafou Giezica.

Consequências devaastadoras

O impacto do procedimento malsucedido na vida de Giezica foi devastador. Desde a infecção, ela precisou passar por outros procedimentos, já gastou cerca de R$ 9 mil, e ainda terá que se submeter a uma cirurgia corretiva para tentar reverter as deformações. A experiência de Giezica se soma a de dezenas de outras mulheres que compartilham dores e frustrações semelhantes, formando um crescente coro de denúncias contra a suposta biomédica.

Diante da gravidade da situação, as vítimas se organizaram e criaram um grupo de WhatsApp, batizado de “Suelem acabou com a nossa alegria”. O grupo já reúne pelo menos 30 mulheres com complicações e tem como objetivo principal coletar provas e fortalecer as denúncias contra Suelem. A união das vítimas é um passo importante para dar visibilidade ao caso e buscar justiça diante das sequelas físicas e emocionais deixadas pelos procedimentos.

Sem registro no conselho profissional

As investigações da Polícia Civil de Santa Catarina já resultaram em ao menos quatro boletins de ocorrência contra Suelem. O Conselho Regional de Biomedicina de Santa Catarina informou que não há registro profissional da suspeita no estado, o que agrava ainda mais a situação. Uma das vítimas, inclusive, reportou ter sofrido lesões graves e passará por exames para comprovar as deformações. A falta de habilitação profissional de Suelem Damasceno da Silva levanta sérias questões sobre a segurança e a fiscalização de procedimentos estéticos no Brasil.

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