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Privatizações transformam saneamento no Brasil, serviço que na PB é um dos 10 piores do país

Privatizações transformam saneamento no Brasil, serviço que na PB é um dos 10 piores do país

A revolução do saneamento básico no Brasil não poupa mais as áreas com os piores índices. Longe do “filé mignon” das grandes metrópoles, a iniciativa privada avança sobre municípios com indicadores críticos de água e esgoto, um movimento que coloca a Paraíba no centro das atenções.

O texto original revela que a expansão de leilões, privatizações e Parcerias Público-Privadas (PPPs) está remodelando o setor e, ao que parece, a Paraíba não ficará de fora, com um projeto em estudo para 2026. A tendência, impulsionada pelo novo marco legal do saneamento de 2020, desmistifica a crença de que o capital privado só buscaria lucros fáceis, mirando exatamente nas localidades onde o investimento é mais urgente.

O panorama nacional exposto por especialistas do Instituto Trata Brasil e da Abcon Sindcon é revelador: 16 dos 20 municípios com os piores índices de saneamento do país já estão em processo de concessão. Exemplos como Santarém (PA) e o estado do Piauí, ambos com baixíssima cobertura de esgoto, já tiveram seus serviços arrematados pela gigante Aegea. Essa mudança de foco, de acordo com o CEO da empresa, Radamés Casseb, é uma estratégia consciente, focada em mercados mais desafiadores onde o impacto do investimento é mais significativo.

Paraíba lidera ranking nacional dos piores estados

O estado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados consolidados do Censo 2022, infelizmente, se destaca no cenário de forma negativa, dominando a lista dos 10 piores em abastecimento de água no Brasil. Com a operação atualmente sob gestão pública, um projeto de privatização está sendo gestado para 2026, com potencial de movimentar cerca de R$ 5,7 bilhões em investimentos.

Esta perspectiva coloca o estado em um momento decisivo, onde a entrada de empresas privadas pode ser a chave para acelerar a universalização dos serviços e resolver um problema crônico que afeta a qualidade de vida de milhares de paraibanos.

O otimismo dos especialistas se baseia no funcionamento dos instrumentos do marco legal, que exigem a comprovação de capacidade financeira das empresas para garantir investimentos robustos. A expansão da participação privada, que saltou de 5% em 2019 para 33% atualmente, e com previsão de atingir 50% em 2026, é vista como um sinal claro de que a nova legislação está no caminho certo.

Exercício de paciência

A população, no entanto, precisará de paciência. A presidente da Abcon, Sindcon, Christiane Dias, adverte que os investimentos em infraestrutura de saneamento são de longo prazo e os resultados, como a chegada de água e esgoto tratados, não são imediatos.

O avanço da iniciativa privada no saneamento, especialmente em regiões como a Paraíba, representa uma jornada complexa e repleta de desafios. A chegada de múltiplos players, com grande agilidade na contratação e fôlego para investimentos, a expertise para enfrentar obstáculos, sugere uma nova era para o setor, prometendo investimentos significativos onde a população mais precisa. Para isto o contrato de concessão terá de ser cirúrgico. 

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