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Projeto que muda cálculo do ITBI avança na Câmara Municipal de João Pessoa

Projeto que muda cálculo do ITBI avança na Câmara Municipal de João Pessoa

Com discurso firme em defesa da justiça fiscal e social, o vereador Wamberto Ulysses (Republicanos) acredita que o Projeto de Lei nº 9, já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da “Casa de Napoleão Laureano”, será aprovado em plenário e convertido em Lei pelo prefeito Cícero Lucena.

A proposta muda o critério de cálculo do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis, que passaria a ser definido com base no valor real do contrato de compra e venda e não mais no valor de referência fixado pela Prefeitura. O parlamentar argumenta que a medida promove “justiça fiscal, justiça social e dignidade para o cidadão”, sem comprometer a arrecadação do município. Segundo ele, o texto beneficia todas as faixas de renda e torna o ITBI mais transparente e coerente com a realidade de um mercado imobiliário cada vez mais aquecido.

“A proposta não implica perda de receita, mas sim o fim de uma distorção que penaliza quem age de boa-fé e quer realizar o sonho da casa própria”, afirmou. O projeto também encontra respaldo em decisões recentes do STJ e do STF, que reconhecem o direito do contribuinte de recolher o imposto com base no preço declarado da transação.

Equilíbrio entre arrecadação e justiça tributária

O texto mantém mecanismos de controle para evitar fraudes. A Prefeitura continuará podendo instaurar processos administrativos quando houver indícios de subavaliação de imóveis. Para o autor da proposta, o equilíbrio entre arrecadar e ser justo é o que dá legitimidade à medida. “Não podemos criar leis baseadas na má-fé. A lei deve proteger o cidadão honesto e estimular a transparência nas relações imobiliárias”, enfatizou.

Além de corrigir uma distorção que se arrasta desde 2008, a mudança também se traduz em respeito à boa-fé e à honestidade de quem compra seu imóvel. “Essa proposta garante mais dignidade e previsibilidade a todos que investem na casa própria, seja um apartamento simples ou um imóvel de maior valor”, destacou o parlamentar.

Economia e menos litígios judiciais

Outro impacto positivo do PL é a redução de processos judiciais relacionados à cobrança do ITBI. Hoje, inúmeros contribuintes recorrem à Justiça para questionar valores arbitrados pela administração municipal, o que gera custos e sobrecarga ao Judiciário. Com a nova regra, a expectativa é de economia significativa para o município.

“Essa lei evita demandas, reduz gastos com honorários e tempo perdido, além de desafogar o Judiciário. É uma iniciativa em que todos ganham: o cidadão, a Prefeitura e a cidade”, concluiu.

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