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Rivotril em gotas e sublingual desaparecem das farmácias brasileiras

Rivotril em gotas e sublingual desaparecem das farmácias brasileiras

Usuários do popular medicamento Rivotril (clonazepam) estão enfrentando um cenário de desabastecimento nacional grave nas farmácias, principalmente nas versões em gotas de 2,5 mg/mL e sublingual de 0,25 mg. O problema, que atinge as principais redes de drogarias do país e já causa uma onda de reclamações de pacientes, é decorrente de uma mudança de local de fabricação anunciada pela Biopas Brasil, fabricante do remédio.

A empresa está transferindo sua planta fabril do Rivotril em gotas para a Itália e a do sublingual para a Espanha. O fato levanta um alerta imediato para os milhares de brasileiros que dependem da medicação no tratamento de condições sérias como transtornos de ansiedade e de pânico, síndromes psicóticas e crises epilépticas, conforme detalhado na bula do medicamento.

Previsão de regularização distante aumenta a tensão

O impacto dessa transição logística é sentido em todo o país, de grandes capitais a municípios do interior. Uma checagem de disponibilidade mostrou que as versões em falta estão esgotadas na maioria das unidades consultadas, e em alguns locais onde o sistema indicava estoque, o produto não era encontrado nas prateleiras. A situação é agravada pela previsão de regularização do fornecimento, que é considerada distante: a versão em gotas deve ser normalizada somente ainda em 2025, e a sublingual, no primeiro semestre de 2026.

Pacientes já relatam no site Reclame Aqui prejuízos pessoais e profissionais, com alguns afirmando que a substituição pelo genérico não tem surtido o mesmo efeito terapêutico, intensificando a angústia e a indignação. É importante notar que, por ora, apenas a apresentação em comprimidos de Rivotril 2 mg continua com distribuição normal.

Alternativas exigem cautela e acompanhamento médico

Diante da escassez, especialistas fazem um apelo à calma, reforçando que existem alternativas genéricas contendo o princípio ativo clonazepam no mercado, o que pode garantir a continuidade dos tratamentos. Contudo, a troca exige cautela e, acima de tudo, acompanhamento médico rigoroso. Psiquiatras recomendam que, ao migrar para uma versão genérica ou similar, o paciente escolha uma única marca e permaneça nela, evitando a alternância.

Embora os genéricos no Brasil passem por testes de bioequivalência rigorosos para comprovar a mesma eficácia que o medicamento de referência, variações em componentes como corantes e estabilizantes podem causar diferentes percepções no usuário, o que reforça a necessidade de estabilidade na escolha da marca para manter a eficácia e a tolerância do tratamento.

O desabastecimento, somado à interrupção anterior de outras versões do Rivotril em novembro de 2024, coloca em xeque a comunicação e a logística da cadeia de distribuição de medicamentos essenciais no Brasil. Em um momento de tamanha incerteza, a prioridade número um para os usuários de Rivotril em gotas e sublingual deve ser procurar imediatamente seu médico ou psiquiatra.

É fundamental que os pacientes não interrompam a medicação por conta própria e busquem, junto aos profissionais de saúde, a melhor estratégia para a transição para um genérico ou similar, garantindo que a adaptação seja monitorada e que a continuidade do tratamento não seja comprometida. O diálogo com o médico é a chave para navegar por essa crise de desabastecimento com a menor perturbação possível à saúde.

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