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Ambulatório especializado em pacientes com Síndrome de Down do HULW completa um ano com atendimento integral e gratuito

Ambulatório especializado em pacientes com Síndrome de Down do HULW completa um ano com atendimento integral e gratuito

Com um futuro todo pela frente, a pequena Nicole, de apenas 43 dias de nascida, chegava ao Hospital Universitário Lauro Wanderley para iniciar uma jornada de aprendizagem e desenvolvimento. Ela é um dos bebês acompanhados no Ambulatório para pacientes com trissomia do cromossomo 21, atendimento multidisciplinar e gratuito para crianças com Síndrome de Down pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Inaugurado há um ano, o serviço beneficia pacientes de todo o Estado, sendo fundamental para a qualidade de vida desses pequenos. 

No ambulatório, são ofertadas consultas médicas em diferentes especialidades como pediatria, otorrinolaringologia, oftalmologia, neurologia, genética, endocrinologia e cardiologia, além do acompanhamento multiprofissional com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista e fonoaudiólogo.  

As crianças também têm acesso ao serviço de odontologia. “Dispomos de assistência integrada através de acompanhamento médico e multiprofissional, além de assistência psicológica para a família”, informou a pediatra Jackeline Tissiani, que integra o corpo clínico no Ambulatório de Trissomia do 21.  

Assim como Nicole, as crianças acompanhadas no ambulatório de T21 chegam ainda nos primeiros meses de vida, o que potencializa o tratamento. “O nosso trabalho ocorre num período de neuroplasticidade cerebral (crescimento e desenvolvimento cerebral), o que favorece o adequado desenvolvimento neuropsicomotor para que essas crianças se tornem adultos inseridos no mercado de trabalho”, frisou. 

A maior parte dos pacientes é de crianças que nasceram na maternidade do HULW, no entanto, o hospital recebe demanda externa, ou seja, usuários encaminhados por outras maternidades. Atualmente, cerca de 20 crianças são atendidas e a previsão é o aumento da grade de atendimentos, ainda sem data para ser ampliada.  

“Toda criança que nascer no HULW terá atenção garantida no ambulatório específico para trissomia do 21 até os três anos de idade. Os atendimentos são continuados na Clínica Escola de Fonoaudiologia da UFPB, que abrange todas as faixas etárias. Existe uma parceria, no âmbito da fonoaudiologia, com a Clínica Escola relacionada à assistência clínica como também a pesquisas científicas na área da trissomia do 21. O objetivo é firmarmos novas parcerias no futuro, como aquelas voltadas à fisioterapia motora e fisioterapia respiratória”, enfatiza.  

A trissomia do cromossomo 21 é uma condição genética causada pela presença de três cromossomos 21 nas células dos indivíduos, em vez de dois. Além do comprometimento cognitivo, pessoas apresentam algumas características físicas em comum e cada um tem um ritmo de desenvolvimento próprio.  

Congresso 

O Hospital Universitário Lauro Wanderley vai participar da edição 2022 do Congresso Brasileira de Fonoaudiologia, que acontece entre os dias 19 e 22 de outubro no Centro de Convenções de João Pessoa. Os profissionais (pediatra, terapeuta ocupacional e fonoaudióloga) do HULW, que fazem parte do ambulatório de Trissomia do 21, participarão de uma mesa redonda intitulada “Atenção à saúde de pessoas com Trissomia do 21: Importância do trabalho em rede”.  

Segundo a pediatra Jackeline Tissiani, a temática será a importância de uma Rede de Atenção à Pessoa com Trissomia do 21, no âmbito da atenção primária, secundária e terciária. “Uma das finalidades da nossa participação é explanar a assistência multiprofissional e integrada prestada pelo HULW às crianças com Trissomia do 21, como fluxo de atendimento e abordagens médicas e terapêuticas. Um convite para uma jornada de profundo conhecimento científico e prático”, informou. 

“O HULW promove serviço de qualidade no âmbito da fonoaudiologia, visto que investe em novas formas de aprender, ensinar e ofertar serviços. Conecta as diferentes áreas de atuação, desde a pesquisa científica à atividade clínica no setor público, como também habilita e reabilita funções de alimentação e comunicação, promovendo o desenvolvimento humano”, concluiu a pediatra.

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