As queixas de consumidores por reações adversas ao uso do creme dental Colgate Total Clean Mint cresceram drasticamente em 2024. Até 19 de março, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) havia recebido 13 notificações. Pouco mais de dois meses depois, o número ultrapassava 1.200. Diante do aumento de casos relatando sintomas como ardência na boca, inchaço nos lábios, aftas e dificuldade para falar ou engolir, a agência determinou a suspensão das vendas do produto até agosto.
Diante das reações, o Procon-SP informou que os consumidores afetados podem solicitar reembolso dos gastos com tratamentos médicos ou odontológicos, desde que apresentem documentos que comprovem o vínculo entre os sintomas e o uso da pasta. São aceitos relatórios, laudos ou declarações assinadas por profissionais de saúde. A solicitação pode ser feita diretamente ao Procon ou por meio da Justiça, com registro na plataforma oficial do órgão.
Danos morais
No caso de danos morais, no entanto, a reparação só pode ser obtida judicialmente. Para fortalecer esse tipo de ação, o Procon recomenda que os consumidores reúnam recibos de consultas, notas fiscais de medicamentos e documentos médicos que descrevam detalhadamente o problema. O advogado Gabriel Britto Silva, diretor jurídico do Instituto Brasileiro de Cidadania (Ibraci), ressalta que a empresa pode ser responsabilizada se não houver aviso claro sobre os riscos de alergia em pessoas com características específicas.
A Colgate afirma que o produto é seguro e está analisando individualmente cada caso reportado. A empresa informa que o creme dental é resultado de mais de dez anos de pesquisa, tendo passado por testes com consumidores no Brasil. Fabricado em São Bernardo do Campo (SP), o produto, segundo a companhia, segue boas práticas de fabricação. A Colgate disponibiliza canais de atendimento para consumidores pelo telefone 0800 703 7722 e pelo site www.colgate.com.br/contato.