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Conheça as mudanças no corpo quando a tireoide não funciona adequadamente

Conheça as mudanças no corpo quando a tireoide não funciona adequadamente

HULW-UFPB oferece atendimento especializado para distúrbios hormonais

– Durante o mês dedicado à conscientização sobre os cuidados com a tireoide, o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), reforça a importância da atenção aos sinais de distúrbios hormonais provocados por alterações nesta glândula.

O endocrinologista Fabyan Beltrão, coordenador da residência médica de Endocrinologia no HULW, explica que a tireoide, localizada na base do pescoço e com formato semelhante ao de uma borboleta, é responsável pela produção dos hormônios T3 e T4. “Eles regulam o metabolismo de praticamente todos os órgãos: consumo de energia, temperatura, batimentos cardíacos, crescimento e desenvolvimento cerebral”.

Entre os principais distúrbios estão o hipotireoidismo (quando há produção insuficiente de hormônios), o hipertireoidismo (produção em excesso) e a presença de nódulos — que podem representar apenas aumento de volume ou, em casos mais raros, indicar câncer. “Cerca de 90 a 95% dos nódulos são benignos, mas de 5 a 10% podem ser malignos”, detalha o médico.

Os sintomas do hipotireoidismo incluem cansaço, sensibilidade ao frio e ganho de peso. Quando não tratado, pode levar à obesidade, colesterol elevado, diabetes e acelerar o declínio cognitivo, além de aumentar o risco de demência. Já o hipertireoidismo pode causar perda de peso, tremores e aceleração dos batimentos cardíacos. Casos não tratados elevam o risco de arritmias, osteoporose e até uma crise tireotóxica.

Durante a gestação, o equilíbrio hormonal é ainda mais necessário. “Qualquer desequilíbrio hormonal eleva o risco de aborto, parto prematuro e atraso do desenvolvimento neurológico fetal”, alerta Beltrão.

Como o corpo reage ao desequilíbrio hormonal

  • Quando há excesso hormonal (hipertireoidismo): Metabolismo acelerado, perda de peso com apetite mantido, sensação constante de calor, suor excessivo, tremores, palpitações e perda de massa óssea.
  • Quando há deficiência (hipotireoidismo): Metabolismo mais lento, fadiga, intolerância ao frio, inchaço, pele seca, constipação, lentidão mental e colesterol elevado.

Essas alterações hormonais podem surgir em qualquer fase da vida, mas há faixas etárias mais propensas. “Em recém-nascidos, o hipotireoidismo congênito é detectado pelo teste do pezinho. Em mulheres de 20 a 40 anos, há um pico de hipertireoidismo, conhecido como doença de Graves. Já em mulheres acima dos 40 e idosos, especialmente a partir dos 60 anos, é mais comum o aparecimento do hipotireoidismo e dos nódulos”, destaca o endocrinologista.

Atendimento especializado

O HULW-UFPB oferece atendimento ambulatorial específico para diagnóstico e acompanhamento de doenças da tireoide. O serviço conta com exames hormonais, ultrassonografia e equipe de cirurgia de cabeça e pescoço. “Os encaminhamentos são feitos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de João Pessoa”, informa Fabyan Beltrão.

Sobre a Ebserh

O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB) faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

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