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Duplicação da BR-230, em CG, integra a lista de obras com irregularidades graves que mais exigem controle e transparência no país

Duplicação da BR-230, em CG, integra a lista de obras com irregularidades graves que mais exigem controle e transparência no país

Poucas obras traduzem tão bem a urgência por um controle público eficiente quanto a duplicação da BR-230, em Campina Grande. O empreendimento, acompanhado de perto por cidadãos, pelo Canal no Youtube Ôxente Paraíba e escolhida para o projeto-piloto do Tribunal de Contas da União para aproximar sociedade e órgãos executores, integra a lista das 15 intervenções no país com indícios de irregularidade grave identificados no Fiscobras 2025.

A rodovia paraibana divide espaço com empreendimentos de grande porte em diferentes regiões do Brasil, compondo um diagnóstico que destaca desafios persistentes na execução de obras públicas.

O relatório consolidado, analisado pela Corte, mostra que 60% dos 25 empreendimentos fiscalizados apresentam irregularidades relevantes. Os achados incluem falhas em projetos, sobrepreço e inconsistências de fluxo financeiro. Apenas a construção da BR-040, no Rio de Janeiro, recebeu recomendação de paralisação, resultado atribuído pelo TCU ao avanço dos mecanismos de prevenção e detecção precoce de problemas, antes que comprometam grandes volumes de recursos.

Reforço tecnológico

Na avaliação do ministro-relator do processo, Jorge Oliveira, o Fiscobras se consolidou em quase três décadas como ferramenta de diagnóstico nacional sobre investimentos públicos federais, agora reforçada por tecnologias de cruzamento de dados, monitoramento remoto e inteligência artificial.

Ao mesmo tempo, o Tribunal tem buscado ampliar o diálogo com o cidadão, estratégia que orientou o projeto-piloto na BR-230. A iniciativa aproximou o TCU de comunidades impactadas e criou um canal permanente de troca com o Dnit, fortalecendo o controle social e elevando a qualidade das informações sobre a rodovia.

O levantamento nacional revela que quase R$ 5 bilhões em recursos federais auditados passaram pelo crivo do Fiscobras 2025. Para 2026, a previsão orçamentária para investimentos em obras e engenharia supera R$ 208 bilhões, em ano que marcará os 30 anos do programa. A partir dessa edição comemorativa, o TCU deverá ampliar o escopo das análises, incluindo a identificação das obras consideradas estruturantes para o país, movimento que reforça o compromisso com transparência, eficiência e planejamento responsável.

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