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Licenças de energia renovável crescem na PB, apesar de cortes na produção  

Licenças de energia renovável crescem na PB, apesar de cortes na produção  

O Nordeste vive um paradoxo na geração de energia renovável: enquanto o curtailment impõe cortes de produção por falta de capacidade da rede de transmissão, a Paraíba segue na contramão com números expressivos de novos licenciamentos. Só em 2025, a Sudema concedeu mais de 40 Licenças de Instalação (LI), além de 20 Licenças de Operação (LO) e sete Licenças Prévias (LP), consolidando o Estado como polo estratégico na expansão da matriz limpa no Brasil.

Entre os destaques, a Cuité PB Geração de Energia Solar 02 LTDA. lidera em quantidade de autorizações, seguida pela Picuí PB Geração de Energia Solar 03 LTDA e pela GD Solar Energia LTDA, que ampliam o mapa solar paraibano. No setor eólico, Picuí se consolida como epicentro, com múltiplas autorizações para as empresas Eólica Picuí 1, 3, 4, 6 e 10 Geradora de Energia LTDA, além da presença da Rio Alto, em Santa Luzia, e da Paraty GD Conceição LTDA, em São João do Rio do Peixe.

As Licenças de Operação (LO) indicam o avanço de projetos já consolidados. Gigantes como a China Three Gorges Brasil Energia S.A., em Nova Palmeira, e a Borborama Energética S.A., em Campina Grande, se juntam a iniciativas locais como Artomelia Locação, em Boa Vista, e Shaula Locação LTDA, em Boqueirão e Juazeirinho, assegurando a entrada efetiva de energia renovável no sistema.

Interesse empresarial

Já nas Licenças Prévias (LP), que dão viabilidade ambiental a futuros empreendimentos, destacam-se empresas de peso como a Raízen Gera, em Pombal; a Energisa Geração Central Solar Coremas S.A., em Coremas; e a Rialma Energia Eólica S/A, em Cuité. Esses projetos indicam uma nova frente de investimentos e reforçam o interesse empresarial na Paraíba como território estratégico da transição energética.

No total, os licenciamentos atingem dezenas de municípios como Juazeirinho, Sumé, Cuité, Soledade, Monteiro, Santa Luzia, Campina Grande, João Pessoa, entre outros, revelando o alcance territorial da energia limpa no Estado. Mas o avanço convive com o risco do curtailment, que ameaça inviabilizar parte dessa produção. Sem a ampliação da rede de transmissão, o potencial renovável paraibano pode se transformar em desperdício, freando investimentos e atrasando o futuro sustentável do Nordeste.

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