A Meta anunciou que baniu mais de 6,8 milhões de contas do WhatsApp envolvidas em fraudes financeiras ao longo deste ano. A medida faz parte de uma ofensiva global da empresa para combater uma “onda” de crimes digitais que já desviou bilhões de dólares de vítimas em todo o mundo. A maioria das contas, segundo a companhia, está ligada a organizações criminosas na Ásia Oriental, que operam desde esquemas de pirâmide a golpes de investimento em criptomoedas.

A estratégia da Meta inclui o uso de sinais técnicos para identificar e remover contas fraudulentas antes que os golpes possam ser executados. A empresa também está implementando um novo recurso de segurança para alertar usuários quando alguém que não está em seus contatos os adiciona a um grupo. Golpes comuns frequentemente pedem pagamentos adiantados para supostos retornos, com os criminosos exibindo falsos ganhos para encorajar a vítima a depositar ainda mais dinheiro.

A iniciativa da Meta surge em um cenário de crescente preocupação com a segurança digital. Autoridades federais, como a Comissão Federal de Comércio (FTC), alertam que as perdas com fraudes têm aumentado consideravelmente. Em 2024, consumidores perderam mais de US$ 12,5 bilhões em golpes, um aumento de 25% em relação ao ano anterior. Os tipos de fraudes mais comuns incluem golpes de impostores governamentais, problemas com compras online e falsas oportunidades de emprego ou investimento.

Especialistas em segurança digital reforçam a importância da cautela. Rachel Tobac, CEO da SocialProof Security, aconselha os usuários a fazerem uma pausa antes de responderem a mensagens suspeitas, pois os golpistas costumam criar um falso senso de urgência. A Meta observou que as operações de fraude utilizam múltiplas plataformas, como WhatsApp, Telegram e TikTok, para dificultar o rastreamento, como foi o caso de um golpe de pirâmide de aluguel de scooter e investimento em criptomoedas desmantelado recentemente com a ajuda da OpenAI.