A história do artista plástico paraibano, natural de Guarabira, Clóvis Júnior começou ainda na adolescência – aos 16 anos – quando ele começou a pintar. De lá para cá, traços, formas e cores vibrantes da arte de Clóvis se fortaleceram artisticamente e somam 40 anos de trajetória. “Não lembro da minha vida sem os desenhos e depois sem as tintas. Vivo de arte e a arte vive em mim”.
Formado pela Universidade Federal da Paraíba, com uma série de exposições individuais e coletivas nacionais e internacionais no currículo, acumula prêmios como pintor e como escultor. Neste ano de 2023, ele celebra 40 anos de arte Naif em uma exposição especial, aberta ao público até o dia 28 de fevereiro, no Liv Mall. A mostra é uma realização do Espaço Arte Brasil.
Para conferir as peças, o endereço é Av. Gov. Flávio Ribeiro Coutinho, 500 – Jardim Oceania, João Pessoa – PB, 58037-005. O horário de funcionamento é de segunda a sábado, das 10h às 21h, e aos domingos das 13h às 21h. Para mais informações, o perfil do Instagram é @espacoartebrasil.
Você sempre disse que a sua história com a arte começou muito cedo. Como surgiu o Naif em sua vida e quais são suas inspirações?
A pintura Naif é muito característica do nosso Brasil. Uma pintura espontânea, ingênua e que não se encaixa nessa definição de ser bonito ou ser feio. É uma expressão que vem de dentro do artista e por isso é tão original. É uma arte que nos permite viver a liberdade, pintando o que se sente. Quanto às minhas inspirações, elas vêm das tradições, das festas e da religiosidade que eu trouxe da minha Guarabira, mas também retrato o meu ambiente, o que me toca, coisas relacionadas à minha região.
A exposição marca seus 40 anos de trajetória. O que os visitantes podem encontrar, quantas peças estão sendo expostas e elas estarão à venda ou apenas para apreciação?
A exposição é composta de 25 obras entre pinturas e xilogravuras. Como se trata de uma exposição comemorativa, há quadros antigos, do início da minha carreira. Quase todas as peças expostas estão à venda sim. Apenas algumas poucas que fazem parte do meu arquivo pessoal que não estão. Mas elas ficam para a apreciação do público.
Fale um pouco sobre sua obra e como você acredita que ela pode impactar as pessoas?
Minhas obras têm características bem visíveis. Elas conseguem ser identificadas pelos seus traços bem definidos, pelas cores fortes e pelo conjunto da composição. Também têm elementos que estão presentes na maioria das minhas obras, como os cajus, que são memórias do bairro onde moro há mais de 30 anos em João Pessoa, o Bessa. A presença de mulheres de todas as cores, como personagens principais das composições. Creio que os temas com que trabalho e as cores que utilizo têm uma grande aceitação do público por transmitir alegria e ao mesmo tempo calmaria, nesses tempos tão difíceis e agitados em que vivemos.