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Obras com recursos federais paradas afetam metade do país e escancaram gargalos na educação e saúde em João Pessoa

Obras com recursos federais paradas afetam metade do país e escancaram gargalos na educação e saúde em João Pessoa

Mais da metade das obras financiadas com recursos federais no Brasil está paralisada, segundo a nova atualização do Painel de Obras Paralisadas, divulgada ontem pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

A capital paraibana, João Pessoa, que vivencia desafios estruturais em setores essenciais como saúde e educação, é diretamente impactada por esse cenário. Ao todo, das 22.621 obras mapeadas até abril de 2025, 11.469 estão paradas, o que representa 50,7% do total.

Os dados revelam um grave entrave especialmente nas áreas de educação e saúde, que somam 70% das obras inacabadas. São 8.053 construções de creches, escolas e postos de saúde paralisadas em todo o país, com reflexos claros no cotidiano das famílias pessoenses que aguardam por serviços básicos de qualidade.

População sofre consequências diretas

Para o presidente do TCU, ministro Vital do Rêgo, o retrato é alarmante. “A consequência direta disso é sentida pela população, que sofre com a falta de estruturas fundamentais para o dia a dia e o desenvolvimento do país”, afirmou.

Embora o TCU destaque estados como Maranhão, Bahia, Pará e Minas Gerais entre os mais afetados, João Pessoa e a Paraíba também enfrentam dificuldades com obras federais travadas, inclusive projetos recentes. Das 5.505 obras iniciadas entre abril de 2024 e abril de 2025, cerca de 1.200 já foram paralisadas — 22% do total — mostrando que o problema vai além de obras antigas e afeta investimentos atuais.

Escolas e postos de saúde

Na capital paraibana, a população convive com unidades escolares que não foram concluídas e obras de postos de saúde que nunca entraram em funcionamento, mesmo com verbas federais asseguradas. O cenário prejudica o planejamento urbano e evidencia a urgência de ações mais coordenadas para garantir a entrega dos serviços prometidos à população.

Diante da situação, o TCU vem reforçando a fiscalização. Além do monitoramento do Acórdão 2.134/2023, que determina à Casa Civil a criação de um plano de gestão para obras públicas, o órgão tem atuado em parceria com instituições de controle para retomar projetos na área da educação. A participação cidadã e o uso de tecnologias têm sido ferramentas essenciais nesse esforço de controle externo.

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