O estado alcançou em setembro o metro quadrado mais caro da construção civil entre os estados do Nordeste, com custo médio de R$ 1.817,93 por metro quadrado, segundo o IBGE e o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi). O levantamento confirma a escalada dos custos no estado e evidencia o impacto da valorização de insumos e da mão de obra no setor.

O aumento de 3,35% no custo da construção na Paraíba superou a média nordestina de 0,66%, colocando o estado na liderança regional. No acumulado de 2024, o avanço já chega a 5,27%, enquanto em 12 meses a alta é de 6,86%. Na comparação entre estados, a Paraíba ficou à frente de Maranhão (R$ 1.811,78), Ceará (R$ 1.771,91), Piauí (R$ 1.762,18) e Rio Grande do Norte (R$ 1.744,62), reforçando seu protagonismo na construção civil nordestina.

Mão-de-obra e materiais

Em nível nacional, o custo médio do metro quadrado subiu de R$ 1.863,00 em agosto para R$ 1.872,24 em setembro, uma variação de 0,50%. Desse valor, R$ 1.068,14 correspondem aos materiais e R$ 804,10 à mão de obra. O IBGE apontou que o resultado foi influenciado por uma menor quantidade de acordos coletivos firmados no período, o que reduziu o ritmo de crescimento dos custos salariais.

No trimestre, os custos com materiais acumulam alta de 3,20%, enquanto a mão de obra já subiu 6,42% — índices que mostram a pressão inflacionária sobre o setor da construção civil. Em 12 meses, os aumentos chegam a 4,79% e 6,66%, respectivamente. Entre as regiões do país, o Centro-Oeste registrou a maior variação mensal (1,90%), puxada por reajustes salariais em Mato Grosso, que liderou as altas nacionais com crescimento de 5,45%.