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Presidente do CAU-PB considera possível conciliar construções mais altas e cidade melhor

Presidente do CAU-PB considera possível conciliar construções mais altas e cidade melhor

Uma proposta inspirada no modelo paulista de leilões de CEPACs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) que permite construções mais densas em troca de contrapartidas urbanas pode ser adaptada à realidade de João Pessoa? A ideia, que tem gerado bons resultados em São Paulo ao atrelar o adensamento urbano a investimentos em infraestrutura e qualidade de vida, é vista como promissora pelo arquiteto e urbanista Ricardo Vidal, desde que acompanhada de regras claras, fiscalização efetiva e foco no interesse público.

Segundo Vidal, a lógica não deve ser apenas de mercado. “João Pessoa precisa de um modelo pensado na sua escala, com resultados visíveis para a população, com calçadas acessíveis, arborização, ciclovias e habitação digna”, defende. Para ele, é possível conciliar crescimento vertical com urbanismo de qualidade, desde que os investimentos revertam, de fato, em benefícios para todos.

Espaço coletivo

Mais do que permitir construções mais altas, a proposta exige uma nova postura: pensar a cidade como espaço coletivo e não como somatória de interesses individuais. E é nesse ponto que a arquitetura ganha protagonismo. “A boa arquitetura organiza o espaço, melhora a rotina, reduz custos e proporciona conforto. Quando ela entra no debate urbano, o resultado é uma cidade mais funcional e humana”, afirma Vidal.

O arquiteto e urbanista ressalta que a estética é apenas um dos aspectos de um projeto bem feito. A arquitetura de qualidade reduz o consumo de energia com ventilação cruzada e iluminação natural, facilita a circulação das pessoas e valoriza os espaços públicos. “Morar bem não é luxo, é inteligência urbana. A cidade melhora quando a arquitetura é pensada para as pessoas e não apenas para o lucro”, conclui.

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