A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou, na tarde desta sexta-feira (06), Audiência Pública para debater a disciplina e oferta de serviços do tipo “couvert artístico” na cidade de João Pessoa. O vereador Guguinha Moov Jampa (PSD) foi o propositor da sessão.
O parlamentar falou que não desistirá e vai seguir até o fim. “Eu tenho responsabilidade e compromisso. Peço que a população olhe cada parlamentar e veja quem tem o compromisso com o povo. Nós vamos vencer, o trabalhador vai vencer e os artistas e músicos vão vencer”, afirmou.
Adriano Ismael, conselheiro da Ordem dos Músicos, falou que é um momento histórico. “Há muito tempo estamos pleiteando esse tipo de movimento, da busca pelo respeito por essa classe. A partir de agora, independentemente do que a lei trará, algo vai mudar, não vai continuar a mesma coisa, isso já foi plantado”, acrescentou.
O vereador Mô Lima (PP) disse que foram as duas categorias que mais sofreram com a pandemia da Covid-19, o contratante e o músico. “Sabemos do sofrimento do músico, e quem está falando aqui não é o vereador Mô Lima, e sim o músico Mô Lima. Na hora que a lei for aprovada, tenho certeza de que os estados brasileiros vão copiar e nós vamos fazer história. Não é esmola, o nome é couvert artístico e essa união que está acontecendo agora de alguma forma irá nos fortalecer”, falou.
O vereador Marcos Henriques (PT) disse o quanto é importante a lei ter sido aprovada. “A lei está vigorando. Essa lei veio em um momento que despertou a classe artística. Os músicos e todo mundo irá ganhar com isso, porque a partir do momento em que os músicos tiverem uma melhor qualidade de vida, através de uma remuneração decente, o seu trabalho será desempenhado de maneira mais tranquila e tudo isso contribui para o resultado final”, destacou.“É preciso verificar a valorização do músico como um profissional. A música é uma arte extremamente refinada. Para que uma música chegue ao palco são anos de preparação e tudo isso tem que ser levado em consideração quando falamos em remuneração de um trabalhador”, pontuou Lamonier Costa Santos, presidente do Sindicato dos Músicos.O vereador Carlão (PL) colocou que espera que os músicos, os bares e os restaurantes, continuem firmes e pujantes. “Músicos ganhando mais, significa mais gente no bar ou restaurante. Essa negociação, essa pactuação será feita sim”, falou.“Os músicos sempre foram, de certa forma, penalizados por essa força grande e esmagadora do poder econômico. Então, pra isso que serve esse debate. Que eles não desistam dessa vontade de fazer com que as coisas na sociedade sejam equilibradas”, concluiu Jair Soares, diretor da Funjope.Participaram ainda da Audiência Pública Júnior Pires, secretário municipal do Procon; Samuel Carneiro, procurador do Procon estadual; Hugo Lima, diretor financeiro do Sindicato dos Músicos; entre outros.