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Energia do futuro: Rio Alto inaugura Complexo Solar na PB e anuncia pioneirismo no hidrogênio verde

Energia do futuro: Rio Alto inaugura Complexo Solar na PB e anuncia pioneirismo no hidrogênio verde

Em um movimento estratégico que coloca a Paraíba na vanguarda da transição energética no Brasil, um protocolo de intenções para um projeto pioneiro de hidrogênio verde será assinado com o governo estadual nas próximas semanas. A informação foi revelada ao jornalista Cândido Nóbrega pelo presidente da Rio Alto Energias Renováveis, Edmond Farhat, após a cerimônia de inauguração de um dos maiores Complexos de geração de energia solar do mundo, ontem, na cidade de Santa Luzia, no Sertão paraibano, durante entrevista exclusiva que pode ser conferida clicando aqui.

O ambicioso projeto do Complexo Solar Santa Luzia, que promete transformar a paisagem e a economia local, tem capacidade de 2.4 gigawatts e eleva a Paraíba a uma posição de destaque (5º lugar) no ranking nacional no mapa global de energia renovável e capaz de atender a mais de 95% do estado.

“A inauguração do Complexo e este novo projeto de hidrogênio verde pretendem posicionar a Paraíba como líder em sustentabilidade e inovação tecnológica em nível nacional e até mesmo internacional”, vaticinou o CEO da Rio Alto.

E para dimensionar a magnitude da usina solar, fez uma comparação simples: “Estamos falando de quase 3 milhões e 500 mil módulos fotovoltáicos em uma área extensa, equivalente a 800 campos de futebol e 10 vezes o tamanho do parque de Coremas, anteriormente o maior do estado, e demandou investimentos da ordem de R$1,28 bilhão.

Por que Santa Luzia

A escolha do município para o empreendimento não foi aleatória. A região se beneficiou da presença de uma subestação de energia de 500 kV, o que, segundo Rafael Brandão, CFO da empresa, facilitou bastante a conectividade das usinas. A energia gerada integrará a capacidade instalada de geração do Sistema Integrado Nacional (SIN), alimentando a Paraíba e outros estados do país.

Além das vantagens energéticas, o projeto se destaca por seu baixo impacto ambiental- gera energia limpa e especialmente quando comparado às hidrelétricas que causam grandes impactos ambientais-, assim como pela forte aderência ao desenvolvimento local em função da geração de empregos e a capacitação profissional, o que permite que o trabalhador possa exercer funções em qualquer operação de energia renovável, não só em solar, mas em usina eólica, linha de transmissão ou em uma subestação. Segundo o CFO, isso se torna no dia a dia, um verdadeiro legado que a empresa deixa, já que a mão de obra temporária, por exemplo, é absorvida com mais agilidade em função da capacitação e qualificação disponibilizadas adquiridas no projeto.

Ações de ESG

A Rio Alto prioriza a contratação de mão de obra local, com 90% das vagas preenchidas por residentes da região, sem ainda esquecer a importância da igualdade de gênero, por isso mesmo, alinhada às práticas ESG (Environmental, Social, and Governance: Ambiental, Social e Governança, em tradução livre), o que contribui também para a revitalização de áreas locais e a integração com a comunidade, além de adotar rígidos padrões de governança corporativa.

Nesse contexto e segundo Edmond Farhat, é importante destacar a inovação tecnológica incorporada ao projeto de Santa Luzia: “Comparando energia hidrelétrica e solar, ambas são consideradas fontes renováveis, porém, usinas solares têm um impacto muito menor. Precisamos ocupar uma área específica, onde há queda de energia, e onde encontramos uma radiação muito boa, num raio de 10 quilômetros, o que nos permite diminuir os impactos ambientais significativamente. Essa é uma grande e importante diferença”.

Os painéis solares, ou placas, como são conhecidos, também representam um avanço significativo nesse sentido: “Essas são placas inteligentes, colocadas numa estrutura metálica, que chamamos de tracker, que acompanha o sol. Ela começa numa posição livre e durante o dia vai se movimentando. Utilizamos inteligência artificial para extrair o máximo possível dessa irradiação durante o período do dia, entre 4h45 e 5 h da manhã, quando a energia começa a ser gerada e vai até às 5h ou 5h30 da tarde”, acrescentou Rafael Brandão.

Hidrogênio verde

Se a usina solar já mostra todo o potencial e impactos positivos, o projeto de hidrogênio verde será, certamente, um novo marco no compromisso com a energia limpa e a economia verde e sustentável. De acordo com Farhat, o estado tem um ambiente propício para o desenvolvimento de projetos inovadores, especialmente no setor de energias renováveis.

“Estamos estudando local, uma possível parceria com o Porto de Cabedelo. Mesmo que essa tecnologia ainda careça de mais estudos, já se sabe que é muito vantajosa. Comercialmente, ajustes precisam ser feitos, principalmente do ponto de vista de custos e preço, mas é um grande potencial. Queremos sair na frente, ou melhor, já saímos na frente, assim como começamos em 2009, há 15 anos, trazendo a primeira usina solar para o Brasil. Estamos sendo pioneiros, novamente”, completou, de forma uníssona com o sócio Rafael Brandão.

Insegurança jurídica aumenta desafios para investimentos

Durante a entrevista ao jornalista, Edmond abordou também a questão da segurança jurídica e o impacto na atração de investimentos para o Brasil, um desafio crítico para o setor como um todo, mas que a empresa se mantém otimista quanto ao futuro dos investimentos em infraestrutura no Brasil país.

“Para se investir em projetos de grande envergadura como os nossos, é necessário garantir o mínimo de retorno. Com leis passíveis de múltiplas interpretações que comprometem a previsibilidade necessária para a segurança dos investimentos, o desafio aumenta ainda mais. É imperativo que as regras estabelecidas sejam claras e imutáveis ao longo do processo”, alertou.

Mudanças inibem investidores estrangeiros

O presidente da Rio Alto Energias Renováveis foi enfático ao lembrar que mudanças nas ‘regras do jogo’ durante a execução de um projeto que envolve vultosos montantes, desencorajam a participação de investidores estrangeiros, não só no setor energético, mas de telecomunicações e de toda a infraestrutura para logística: “O Brasil, carente de recursos suficientes para avançar sozinho nessas frentes, precisa urgentemente solidificar sua segurança jurídica para que abram-se portas para o capital necessário à realização dessas obras vitais. Portanto, qualquer sombra de insegurança jurídica dificulta e pode efetivamente barrar o progresso desejado e necessário ao país”, pontuou.

Segredo do sucesso

Celebrando em 2023, 15 anos de fundação da Rio Alto, ambos reafirmaram o papel de liderança em energias renováveis, cujo segredo principal é a resiliência e a paixão de seus colaboradores como chave e um dos principais alicerces para o sucesso contínuo.

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