Uma série de TV que está sendo gravada em João Pessoa promete entreter e jogar luz a um problema social delicado: a exploração infantil. Inspirada em um trabalho jornalístico “Juventude Vendida”, esta é a primeira produção da João Pessoa Comission Film, vinculada à Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope). A obra de ficção mostra o nascimento de uma relação paternal em meio a um cenário de embrutecimento do ser humano.
Com produção da Idé Productions, de São Luís (MA), e produção associada da produtora paraibana Mills Audiovisual de Comunicação, “Juventude Vendida” já iniciou as gravações e será lançada ainda este ano.
O produtor executivo da série, Christian Dellon, falou sobre a idealização da obra, a construção do enredo e a parceria com a TV Correio. Confira a entrevista que segue.
Como surgiu a ideia da série?
A ideia do projeto surgiu a partir de uma série jornalística que foi premiada e foi veiculada no Jornal da TV Correio, há um tempo. A série se chamava Juventude Vendida. Então, além de a exploração sexual de crianças e adolescentes ser um tema bastante relevante, é um problema que sempre existiu. Sabendo da relevância do assunto e do nosso papel, também enquanto produtor, e levando em consideração o ponto de vista social, acreditamos que é uma temática que merece ser retratada é apresentada para que a população realmente se sensibilize e combata esse problema social.
Como foi o laboratório para o desenvolvimento da história?
Primeiro, tivemos a reunião de briefing com a TV Correio. Em seguida, abrimos a sala de roteiro com nossa equipe de pesquisadores e roteiristas para debater o assunto, a questão dos agentes sociais, e isso inclui Estado, Município, Ministério Público, enfim, como a sociedade lida com essa problemática. Então, a partir daí, abrimos o estudo de caso e chegamos no entendimento da abordagem para construção da história.
Como foi a escolha dos atores?
A obra está sendo feita por um canal de TV local, então achamos conviniente que a contratação do elenco fosse praticamente 100% paraibano. Primeiro porque é uma forma de reconhecermos a qualidade do elenco, segundo porque é uma certa contrapartida, já que a nossa produtora não é daqui. São empregos e oportunidades para pessoas da cidade.
O tema da série é muito sensível. Como você vê a importância de tratar sobre ele dessa forma?
Está em nosso DNA enfrentar questões sociais, sobretudo, temas relevantes como a questão das raças, dos povos originários, e da infância e da adolescência. Então, esse tema não poderia ficar de fora do nosso portfólio. Enxergamos que é uma problemática que precisa ser combatida, debatida, sensibilizada e é um trabalho de sensibilização da comunidade como um todo.
Qual a mensagem principal da série? O que ela se propõe?
Basicamente, a mensagem do filme é mostrar realmente esse cenário de exploração sexual da criança e do adolescente, a ponto de sensibilizar as pessoas quanto a denunciarem, a serem intolerantes a essas situações. Então a gente quer sensibilizar a comunidade para que realmente ajude no combate e denuncie essa questão.