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Presidente do TCU assume compromisso em diminuir estoque de obras inacabadas. Na PB são 879 de 11 mil no Brasil.

Presidente do TCU assume compromisso em diminuir estoque de obras inacabadas. Na PB são 879 de 11 mil no Brasil.

“Em que medida uma fiscalização capacitada garante que obras públicas sejam executadas dentro do prazo e do orçamento, evitando desperdícios e paralisações?”  foi a pergunta que fiz ao ministro-presidente do TCU, Vital do Rego Filho e ao presidente do TCE-PB, Fábio Túlio Nogueira, antes do lançamento do programa Diálogo Público Paraíba, na manhã desta segunda-feira (24), em João Pessoa

O evento, promovido pelo TCU em parceria com o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, busca discutir soluções para os desafios da administração pública nos municípios.

Vital destacou que o Brasil enfrenta um grave problema de obras paralisadas. Segundo ele, o país tem atualmente 11 mil obras inacabadas, sendo 879 somente na Paraíba, número superior ao verificado no estado em 2024 (502).

O ministro explicou que grande parte dessas obras são feitas Caixa Econômica Federal e envolvem setores essenciais como educação e saúde, incluindo creches, escolas e unidades básicas de saúde. “Nós temos um compromisso agora de diminuir esse estoque de obras inacabadas, fazendo com que a sociedade possa receber o que lhe é devido, aquela obra em pleno funcionamento”, afirmou. Para isso, segundo ele, é fundamental a parceria entre os Tribunais de Contas e os Órgãos de controle.

Emendas parlamentares, IA e parcerias

Além da questão das obras, Vitalzinho, como é popularmente conhecido, também ressaltou a importância da fiscalização sobre o destino de recursos de emendas parlamentares. Ele anunciou a criação de um painel de acompanhamento, que permitirá monitorar em tempo real a execução orçamentária das emendas desde o cadastro até sua conclusão. “A sociedade precisa saber para onde estão indo os seus recursos”, disse, destacando a necessidade de transparência e controle eficiente.

O presidente do TCE-PB, Fábio Nogueira, reforçou a relevância do evento Diálogo Público como um meio de estimular o controle social e aprimorar a fiscalização. Ele destacou que o Tribunal tem investido no uso da inteligência artificial para detectar irregularidades e que está firmando uma parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) para desenvolver novas ferramentas tecnológicas de auditoria.

Outro tema abordado foi o excesso de contratações temporárias em municípios paraibanos, que levou o TCE-PB a alertar 30 prefeituras sobre a necessidade de reduzir gradativamente esses contratos. Segundo Fábio Nogueira, a relação entre servidores efetivos e temporários já ultrapassou 100% em mais de 100 municípios. “Não é possível manter esse quadro. Estabelecemos um prazo de quatro anos para que os gestores ajustem essa proporção, sob pena de consequências legais”, explicou.

Custo de prevenção a desastres naturais

Por fim, Vital do Rêgo chamou atenção para a necessidade de prevenção de desastres naturais, citando como exemplo as enchentes em Alagoas, Pernambuco e Bahia entre 2022 e 2023. Ele alertou que o custo da prevenção é muito menor do que o de remediar os danos, lembrando que, enquanto o orçamento previa R$ 4 milhões para medidas preventivas, o governo acabou gastando R$ 1 bilhão para remediar.: “Se não tivermos políticas públicas de prevenção, o custo será sempre mais alto”, concluiu.

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