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Se não valorizar a sua essência, JP pode se tornar uma “Nova Balneário Camboriú”, alerta consultor internacional

Se não valorizar a sua essência, JP pode se tornar uma “Nova Balneário Camboriú”, alerta consultor internacional

Esse risco se tornará realidade, se for repetido o caminho da cidade de Balneário Camboriú (SC), símbolo de crescimento desordenado e identidade urbanística genérica e caso se continue apostando em modelos de expansão que ignoram sua essência cultural, histórica e natural. O alerta é do consultor internacional Jota Marques, especialista em experiências de luxo com propósito, contratado recentemente pela construtora NHolanda como parte de uma nova estratégia da empresa voltada à valorização da autenticidade local nos empreendimentos de alto padrão.

Em entrevista exclusiva ao jornalista Cândido Nóbrega, ele foi enfático: “Se João Pessoa, bem posicionada que está, não seguir a sua origem, essência e legado e se iludir com um crescimento puramente construtivo e massivo, deixará de ser um destino autêntico e se tornará uma BC, verticalizada, descaracterizada e sem alma, onde a identidade urbana fala mais alto que a cultural”. 

Para Jota, o que está em jogo é a transformação da cidade em um laboratório de vivências sofisticadas e únicas ou em um simples mercado imobiliário verticalizado, distante de suas raízes.

Preço alto por crescimento desenfreado

“Se João Pessoa, bem posicionada que está por ter defendido a sua origem, essência e legado até hojeseguir pelo caminho do crescimento desenfreado, em cinco anos vira uma nova BC, verticalizada, descaracterizada e sem alma”, afirmou.

Segundo o especialista, a capital paraibana tem atributos suficientes para atrair um público exigente sem precisar importar fórmulas prontas. “João Pessoa tem história, metragem controlada, gastronomia, cultura e natureza em abundância. Não precisa repetir o modelo de cidades que cresceram rápido, mas perderam o pertencimento e a autenticidade”, afirmou, ao defender que o diferencial está justamente em preservar a originalidade como ativo de valor.

A contratação de Jota Marques pela NHolanda representa uma virada de chave na atuação da empresa, que passa a apostar em projetos com identidade local e apelo internacional. A ideia é promover uma urbanização sofisticada, mas alinhada à paisagem, à cultura e ao ritmo da cidade. “Não se trata apenas de vender imóveis, mas de criar experiências. João Pessoa deve ser tratada como uma boutique, não como um shopping de apartamentos em série”, disse.

Organizar, proteger e manter identidade

Marques reforça que o luxo do futuro está na autenticidade e na vivência. “Balneário Camboriú teve que buscar fora elementos para se tornar o que é. João Pessoa já tem tudo, só precisa organizar e proteger isso. A cidade pode ser um modelo de luxo natural e consciente, desde que não ceda à pressa e à padronização que anula o que ela tem de mais valioso: sua identidade”, concluiu.  

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